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O Brasil que faz acontecer: Web Summit, South Summit e o orgulho de ser brasileiro

Nos últimos meses, três grandes eventos marcaram o ecossistema de inovação e empreendedorismo brasileiro — cada um à sua maneira, mas todos com um ponto em comum: a força de um país que insiste em fazer acontecer.

O Web Summit, um dos maiores eventos de tecnologia do mundo, acaba de anunciar que será realizado no Brasil pelos próximos cinco anos. Um acordo que não apenas mantém o país no mapa da inovação global de forma permanente, mas também chancela aquilo que muitos de nós já sabemos na pele: o Brasil é potência criativa. Um polo pulsante de talentos, ideias e soluções — mesmo quando (ou especialmente quando) o cenário é adverso.

Na mesma linha, o Brazil at Silicon Valley, realizado recentemente na Califórnia, mostrou que o Brasil exporta talento, ambição, estratégia e capacidade de liderança. O evento, organizado por e para brasileiros, reuniu mentes brilhantes do nosso ecossistema, hoje espalhadas pelo mundo, que seguem comprometidas com a missão de transformar o país por meio da tecnologia, educação e empreendedorismo.

E como não mencionar o South Summit, realizado no coração do Rio Grande do Sul, mesmo após as tragédias climáticas que marcaram o estado no último ano?! Em meio à dor e à reconstrução, o evento se manteve de pé, e foi além: tornou-se um símbolo de resistência, união e esperança. Foi ali, em Porto Alegre, que se viu de perto o poder de uma comunidade que escolhe acreditar no futuro, mesmo quando tudo parece desmoronar. É impossível não sentir orgulho de ser brasileiro em momentos assim.

Sim, empreender no Brasil é difícil. Sim, há burocracia, instabilidade e desafios de toda ordem. Mas é exatamente por isso que cada conquista importa tanto, porque sabemos o que custa chegar até aqui. Somos o país da “gambiarra criativa” que vira solução de escala. Do improviso que vira negócio. Da escassez que vira oportunidade. Do “não vai dar” que vira “deu certo”.

Enquanto alguns países têm estrutura, a gente tem garra (e muita raça). Onde faltam incentivos, sobra vontade. Onde o sistema trava, o brasileiro destrava. A gente se reinventa todos os dias — e não tem evento, crise ou fronteira que impeça isso.

Que venham mais cinco, dez, vinte anos de eventos como o Web Summit em solo brasileiro. Que sigamos ocupando os palcos do mundo com nossas ideias e energia. Porque se tem uma coisa que ninguém pode negar, é que o Brasil não só tem futuro — o Brasil faz o futuro acontecer.

*Por Rodrigo Stoqui, é Country Manager da tl;dv, plataforma de inteligência para reuniões impulsionada por IA.