
Artistas amapaenses são premiados em evento internacional na Galeria Samaúma
Reconhecimento destaca talentos da arte e comunicação da Amazônia com projeção internacional
A Universidade Cidade Verde em parceria com a Escola Técnica Francesa do Amapá, homenageou artistas e comunicadores, que contribuem para a valorização da cultura amazônica, com o Prêmio Internacional Empresas & Profissionais Destaques do Meio do Mundo. A cerimônia aconteceu na noite de sábado, 18, na Galeria Samaúma, em Macapá.
Escritores, artistas plásticos, cartunistas, fotógrafos, educadores e jornalistas receberam o diploma na galeria, rodeados de belas telas, esculturas e fotografias que retratam o cotidiano ribeirinho, os costumes e a beleza da floresta. Um reconhecimento para profissionais que dedicam a vida a registrar e interpretar a Amazônia em suas múltiplas formas.
O artista plástico Wagner Ribeiro, responsável pela administração da Galeria Samaúma e um dos articuladores do evento, e responsável, curador da Galeria Samaúma, falou sobre a iniciativa da premiação.
“Os fatos e eventos acontecem quando a gente se relaciona. A Universidade Cidade Verde me convidou para uma premiação internacional, e depois de conhecerem o espaço e os artistas locais, decidiram criar uma homenagem específica para as artes visuais. Isso é de suma importância, não só para o Amapá, mas para a cultura brasileira como um todo”, afirmou Wagner.
Ele ressaltou ainda que o evento abre portas para novas conexões e oportunidades:
“Esse trabalho será divulgado em jornais e meios internacionais. É uma forma de expandir a nossa arte para o Brasil e o mundo. Temos que continuar valorizando uns aos outros, mostrando o nosso trabalho — é assim que a gente cresce”, disse Wagner.
A diretora da Universidade Cidade Verde, que também representa a Escola Técnica Francesa do Amapá, explicou o propósito da premiação e o compromisso em manter viva a memória artística da região.
“Nós temos um projeto de homenagens às personalidades da nossa região. Hoje, o foco foi nas artes visuais — pintura, escultura, fotografia. É fundamental lembrar quem são nossos pioneiros e valorizar a força que tiveram para continuar nesse caminho. São figuras de criatividade brilhante”, destacou.
Segundo ela, as homenagens devem continuar:
“Temos uma comissão que escolhe novas categorias periodicamente. O importante é que esse reconhecimento ocorra enquanto as pessoas ainda estão entre nós, produzindo e inspirando. E nada mais simbólico do que celebrar isso em um espaço como a Galeria Samaúma.”
O premiado cartunista e desenhista Honorato Júnior, figura conhecida no cenário artístico amapaense, celebrou o reconhecimento internacional de sua trajetória.
“É gratificante porque eu tenho mais de 25 anos na arte — ilustração, caricatura, pintura — e é a primeira vez que recebo um reconhecimento como esse. Eu gosto de retratar o povo ribeirinho, porque sou daqui. Cresci vivenciando esse ambiente, e tudo isso se reflete no meu trabalho”, disse emocionado.
Honorato destacou ainda a surpresa pela dimensão internacional do prêmio:
“Nunca imaginei ser reconhecido por uma instituição de fora do país. É algo que me enche de alegria e me faz acreditar ainda mais na força da arte regional.”
Entre os homenageados, a escritora e missionária Maria do Socorro Salles Moura emocionou o público com sua história de vida e dedicação à Amazônia. Aos 81 anos, ela soma mais de cinco décadas de atuação no Amapá, unindo fé, arte e solidariedade.
“A gente não faz esperando nada em troca, mas esse reconhecimento é uma bênção. Agradeço a Deus por me permitir chegar até aqui com saúde e missão cumprida”, declarou a escritora.
Seu trabalho missionário teve início em 1972, em parceria com o padre Raul, quando navegava pelos rios da foz do Amazonas levando apoio espiritual e social às comunidades ribeirinhas e indígenas.
Além de escritora, é fotógrafa e guardiã de um acervo histórico valioso, que documenta meio século de vida amazônica. Segundo colegas, ela pretende doar parte desse acervo fotográfico e documental à comunidade e a veículos de imprensa, como o Jornal Guarani, parceiro na divulgação cultural do evento.
O evento também prestigiou jornalistas e produtores de conteúdo que ajudaram a construir a história da comunicação amapaense. O jornalista e editor-chefe do Jornal Guarani, Marcio Bezerra foi homenageado por sua contribuição à imprensa local e pelo pioneirismo na diagramação digital de jornais no Estado.
“É um orgulho para o Amapá ter profissionais que se projetam nacional e internacionalmente. São pessoas que ajudam a contar nossa história e manter viva a identidade amazônica”, destacou um dos organizadores durante a cerimônia.
O Prêmio Internacional Empresas & Profissionais Destaques do Meio do Mundo reconheceu o papel desses profissionais que ajudam a retratar a cultura, o cotidiano, e a história de um povo que vive no meio da maior floresta do mundo, a Amazônia, une a arte como ponte entre culturas e gerações.
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