Fotógrafos do Amapá celebram criação do Dia Estadual do Fotógrafo
Projeto de lei entregue em 11 de novembro institui 8 de janeiro como data oficial de reconhecimento da categoria.
Quando falamos de nós, 11.11.25 entrará em nosso calendário para contarmos a história da fotografia no Amapá. Foi o dia da entrega do Projeto de Lei Ordinária que institui o dia 8 de janeiro como o Dia Estadual do Fotógrafo no Amapá. Uma conquista que fomos "pelas beiras", buscando com muita conversa e sensibilização com nossos gestores e políticos do Estado. Iniciativas estas que levaram o deputado estadual Jesus Ponte e o governador Clécio Luís a tomarem para si a missão que culminou com essa data.
No ano passado, quando recebemos da Assembleia Legislativa a Moção de Aplauso, junto com mais de 80 fotógrafos e fotógrafas de nosso Estado, foi pedido que eu apresentasse o nome do mais antigo fotógrafo, que no momento eu não tinha conhecimento, mas, com uma pesquisa no assunto, posso relatar brevemente a seguir:
Felipe Augusto Fidanza, fotógrafo português radicado no Brasil, era considerado um dos maiores fotógrafos do Norte do Brasil entre os séculos XIX e XX. Foi o primeiro fotógrafo a fazer registros da cidade de Macapá, na época parte do Estado do Pará, administrado pelo intendente Augusto Meira. Ao longo do tempo, a arte fotográfica se popularizou, e tantos outros colegas de lentes marcaram sua presença na história imagética do nosso Estado: Humberto Cruz, Chico Terra, Jhonny Sena, Paparazzi, Toru Onuka, JC Ferreira e tantos outros que fizeram, a seu tempo e estilo, parte do que a fotografia é: a história, a arte e a vida das pessoas desse lugar e suas mudanças.
"Quem fotografa é feliz e quem é fotografado, mais feliz ainda!" Assim, muitos dos escritores da luz sem nome, desconhecidos, que atravessavam os dias e noites em eventos culturais, sociais e políticos, retratavam nosso cotidiano e traziam as imagens "reveladas" em papel. Não eram poucos os fotógrafos ciclistas que levavam aos clientes a história de uma parte de sua vida, tornando-se assim cúmplices de vários momentos da sociedade amapaense.
Nossa reivindicação histórica pelo reconhecimento da sociedade que servimos será lembrada e homenageada, não invisibilizando assim a trajetória de vários que antes seriam esquecidos — reconhecemos nossos pioneiros, predecessores de uma atividade que exige olhar atento e domínio técnico do equipamento que têm em mãos. Nenhuma IA poderá arrancar o sorriso daquele que foi retratado e nem poderá... O exercício fotográfico ainda é um trabalho técnico, mas também emocionalmente humano; se não fosse assim, não teria a graça de sê-lo. E os jovens talentos que nos sucederão terão a certeza de que têm em suas mãos a responsabilidade de serem os "escritores da luz" que transformam o momento em imagem, e a imagem em emoção.
Salve 8 de janeiro, Dia Estadual do Fotógrafo no Amapá.
Salve a fotografia amapaense!
(Paulo Gil – Fotógrafo)
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