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Contrastes entre beleza e problemas de lixo em Macapá

Macapá é considerada uma cidade linda pelos seus visitantes e é motivo de orgulho dos seus cidadãos. Banhada pelo rio Amazonas, com a exuberante floresta amazônica ao seu redor, tem tudo para ser uma referência de cidade sustentável, amazônica e cheia de belos atrativos para turistas e moradores.

No entanto, a cidade enfrenta o problema das "lixeiras viciadas" em vários pontos, onde se acumula todo tipo de entulho, lixo doméstico e até carcaças de animais, atraindo urubus e cães de rua. Essas áreas rapidamente se tornam focos de ratos, baratas e outros insetos, que podem transmitir doenças como zika, chikungunya e dengue, prejudicando a comunidade local.

Quando moradores denunciam essa situação aos órgãos competentes da prefeitura, muitas vezes são informados de que a própria comunidade é responsável pelo descarte incorreto do lixo. Embora isso seja verdade em parte, a falta de fiscalização séria e punições para os infratores agrava o problema. Em muitos lugares no Brasil e no exterior, políticas rigorosas de "sujeira zero" incluem multas e até prisão para quem descarta lixo ilegalmente.

Macapá também enfrenta o problema dos carroceiros, que transportam e descartam entulho irregularmente em áreas onde não há reclamações ou fiscalização. Esse comportamento resulta em uma catástrofe sanitária, com doenças que poderiam ser prevenidas por meio da limpeza.

O parque "Meio do Mundo" é um exemplo da imagem que a prefeitura deseja projetar de Macapá: uma cidade limpa, organizada e com um povo bonito e saudável.

No entanto, a realidade é que a cidade não se resume apenas a essa área ou à orla. A deficiência do município em prover uma coleta de lixo eficiente deixa a responsabilidade sobre os cidadãos.

É crucial que a comunidade se mobilize e lute por seus direitos para garantir uma cidade limpa e saudável para todos.

Por Paulo Gil