Inteligência Artificial no Jornalismo
Conheça alguns conceitos que podem abrir um leque de possibilidades para a área de jornalismo e outras profissões.
Na atualidade, a inteligência artificial (IA) pode ser utilizada no jornalismo para permitir que profissionais realizem um trabalho mais eficiente e de alta qualidade. Com ela, é possível executar pesquisas, melhorar textos, corrigir erros, sugerir perguntas para entrevistas, entre outras ações. Em outras palavras, a IA se torna uma ferramenta valiosa que auxilia o jornalista em diversos aspectos do seu trabalho.
A IA permite realizar pesquisas sobre diversos temas, utilizando dados disponíveis na internet até o ano 2021, nas versões gratuitas, quando se popularizou e passou a ser amplamente utilizada, facilitando o trabalho de pesquisa dos profissionais.
É importante lembrar que nem todas as informações encontradas na internet são verdadeiras. A IA pode fornecer dados que ajudam a direcionar a pesquisa do jornalista, mas é fundamental que ele verifique a veracidade das informações obtidas e realize uma busca mais detalhada, utilizando a IA como um ponto de partida e não como fonte definitiva.
Ética na profissão
A carreira de jornalismo é considerada uma área de atuação intelectual. Portanto, não é ético e pode ser considerado antiético solicitar à IA que escreva diretamente o texto para o jornalista, para que ele o utilize como se fosse de sua autoria. A boa prática, nesse novo mundo tecnológico das IAs, é utilizá-las como ferramentas de apoio. Outras práticas de trabalho incluem solicitar que a ferramenta forneça sinônimos para palavras, sugestões de título, ou ideias para programação e criação, quando for o caso de produção.
No produção, você pode utilizar o recurso e as sugestões, e implementar com os seus conhecimentos. Ou seja, você a utiliza como ferramenta que fornece ideias e, pode-se dizer, "abre a sua mente".
Por fim, vale ressaltar que essa é uma ideologia que ainda está em discussão no meio jornalístico e em outras áreas.
Linguagem textual da IA
Os textos gerados ou melhorados pela IA possuem uma característica própria da ferramenta, facilmente identificável por leitores assíduos e editores de redações. Em seu vocabulário, a plataforma utiliza palavras e substantivos como "crucial", "ressalta a importância", "significativamente", entre outros.
No entanto, isso não significa que um escritor não possa usar tais palavras em seus textos. O que pode ser identificado como IA não são apenas as palavras, mas sim a forma como são escritas.
A ferramenta também tende a enfatizar determinados assuntos com expressões do tipo: 'a utilidade de um determinado assunto não é apenas X, mas também Y', onde X e Y podem ser substituídos por outras afirmações. Esses são apenas alguns exemplos de como identificar um texto de IA.
Quem usa a IA no jornalismo
Diversos jornais digitais e físicos já utilizam inteligência artificial para escrever textos. Alguns exemplos incluem:
1. The Washington Post: Utiliza uma ferramenta de IA chamada Heliograf para escrever artigos curtos e gerar relatórios automáticos.
2. The New York Times: Usa IA para ajudar na criação de artigos e na recomendação de conteúdo.
3. Reuters: Utiliza uma IA chamada Lynx Insight para ajudar os jornalistas a encontrar histórias e dados relevantes, além de escrever artigos.
4. Associated Press (AP): Usa IA para escrever artigos sobre resultados financeiros e esportes.
5. Bloomberg: Utiliza uma ferramenta chamada Cyborg para ajudar a gerar notícias financeiras e análises de mercado.
Esses veículos de comunicação utilizam a IA para automatizar a criação de conteúdo, especialmente para artigos repetitivos ou baseados em dados, permitindo que os jornalistas se concentrem em histórias mais complexas e de análise profunda.
* Trecho acima com intertítulo 'Quem usa a IA no jornalismo' foi extraído do ChatGPT, como resposta da IA.
Nascimento, uso e aplicabilidade da IA
A inteligência artificial começou a ser discutida e implantada desde a década de 50. Em 1950, Alan Turing publicou o artigo "Computing Machinery and Intelligence", no qual propôs o famoso "Teste de Turing" para determinar se uma máquina pode exibir comportamento inteligente indistinguível do humano. Em 1956, a Conferência de Dartmouth foi realizada, onde o termo "inteligência artificial" foi estabelecido por John McCarthy, um cientista da computação e um dos pioneiros na área de IA. O evento é considerado o nascimento formal da IA como um campo de estudo.
Nos anos seguintes, novas ferramentas foram ampliadas, pesquisadas e disponibilizadas para outras plataformas, embora ainda não de maneira totalmente popular. A popularidade e usabilidade desses softwares inteligentes se difundiram em 2018, quando foi lançada em junho a primeira versão do conhecido GPT-1 ou ChatGPT, API da OpenAI, que utilizava uma abordagem de pré-treinamento em larga escala seguida de ajuste fino em determinadas tarefas específicas. Na sequência, novas versões foram lançadas, resultando em 2020 com a versão GPT-3, que trouxe mais de 175 bilhões de parâmetros, permitindo que desenvolvedores integrassem suas capacidades em diversas aplicações (sistemas). Atualmente, também existe a versão paga GPT-4, com ainda mais recursos.
Usuários da internet, de todos os tipos, começaram a utilizar a plataforma para resolver e auxiliar em tarefas cotidianas e consultas mais sofisticadas. Atualmente, essas ferramentas são cada vez mais empregadas por empresas e profissionais liberais, contribuindo para aumentar a produtividade e aprimorar seus trabalhos.
Outros modelos e aplicativos de IA também foram criados e estão disponíveis para utilização, como o Codex, treinado para gerar código a partir de descrições em linguagem natural, que é a base do GitHub Copilot. Além disso, há modelos desenvolvidos pela Microsoft e pelo Google que respondem aos usuários sobre uma variedade de temas. Alguns, como o Designer encontrado dentro do Copilot, são capazes de criar imagens e desenhos conforme solicitado pelos usuários.
Conclusão
No mundo atual, onde há uma crescente tendência para a automatização de tarefas, é essencial adotar a IA para suporte. A inteligência artificial está transformando a forma como profissionais de diversas áreas, como jornalismo, tecnologia e arqueologia, realizam seu trabalho. Os recursos de IA aprimoram a eficiência e a produtividade, oferecendo suporte e auxílio na tomada de decisões. Esta ferramenta está disponível gratuitamente e pode ser utilizada por todos. Em minha opinião, a IA já é parte integrante da humanidade e, portanto, deve ser utilizada!
Por Marcio Bezerra, Tecnólogo em Sistema para Internet, Especialista em Segurança da Informação, Perito em Computação Forense, com Docência no Ensino Superior e Jornalista Digital.
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