Profissionais de saúde participam de treinamento para identificação e controle de escorpiões
Serão cinco dias de atualização de conteúdo, troca de experiências e debates em Macapá.
O Governo do Amapá iniciou nesta segunda-feira, 12, o treinamento de técnicos da Vigilância em Saúde para identificação e controle de escorpiões de interesse em saúde. A capacitação tem como proposta atualizar os profissionais sobre a identificação das espécies e o tratamento adequado de picadas.
O evento conta com a participação de técnicos do Instituto Butantan e do Ministério da Saúde (MS). Até 16 de agosto, no auditório da Superintendência de Vigilância em Saúde (SVS), serão tratados temas relacionados à biologia do escorpião, hábitos e produção, indicação e distribuição de soro.
“Como referência no setor, o Butantan não poderia deixar de exercer um papel importante no contexto da saúde pública, ao compartilhar informação de qualidade com os profissionais da linha de frente do combate à questão”, ressaltou a bióloga do Instituto do Butantan, Denise Maria Cândido.
Segundo a chefe da Unidade de Controle de Zoonoses, Silvia Magalhães, todos os municípios participam do evento e o conhecimento adquirido pelos seus representantes será reproduzido para outros profissionais intencionando a união de forças para traçar novas estratégias de controle e combate dos escorpiões e outros animais peçonhentos.
Nara Silva, diretora do Departamento de Vigilância Ambiental de Cutias do Araguari, participa do evento e destacou os registros e atendimentos de pessoas vítimas de acidentes por escorpiões na região.
“São comuns os atendimentos nas nossas unidades de saúde e os acidentes principalmente nas áreas ribeirinhas, por isso a importância de participar desse treinamento: adquirir novas técnicas, atualizações que possam até nos permitir assistência diferenciada”, pontuou Nara.
O médico veterinário Fabio Mourão ressaltou o treinamento como importante devido aos danos à saúde pública, devido ao veneno produzido pelo animal peçonhento.
“É fundamental que a gente aprenda a identificar e saber lidar quando os acidentes acontecem e as medidas que devemos tomar e repassar para a população para evitar que esse animal venha se alojar nas residências”, frisou Fabio.
Todos os escorpiões são venenosos e os riscos aumentam conforme a quantidade de veneno injetado e no quão nocivo o veneno de cada espécie é para o corpo humano. Os casos leves, que não necessitam da aplicação do antiveneno, representam cerca de 87% do total de acidentes. O soro antiescorpiônico é disponibilizado apenas nos hospitais de referência do Sistema Único de Saúde (SUS).
Por Mônica Silva
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