Mina de manganês: Uma jornada pela história e o desenvolvimento
A história da mina de manganês em Pracuúba, no estado do Amapá, é uma narrativa intrigante que atravessa décadas e reflete a busca incessante por recursos minerais valiosos. Essa trajetória foi marcada por descobertas pioneiras, decisões estratégicas e uma evolução que deixou uma marca indelével no desenvolvimento da região.
Riqueza Mineral
Os primeiros indícios da presença de manganês no Amapá foram registrados em um relatório do engenheiro Josalfredo Borges, a serviço do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM). Esse relato descreveu a existência de manganês em uma localidade nas margens do rio Amapari, lançando as bases para uma jornada de exploração mineral. Com a criação do território federal em 1943, o capitão Janary Gentil Nunes, o interventor, reconheceu a promessa que o manganês trazia para a economia local.
Do pioneirismo à concessão
O interventor Gentil Nunes percebeu que a mineração poderia impulsionar o desenvolvimento territorial, superando as atividades tradicionais de pesca e extração de produtos como borracha e castanha. Uma série de eventos conduziu à identificação de depósitos de manganês, com um comerciante ribeirinho chamado Mário Cruz entregando amostras que confirmaram a riqueza mineral.
O engenheiro Glycon de Paiva, ao analisar a região da Serra do Navio, confirmou a viabilidade comercial do manganês e recomendou uma concessão única para a exploração, aumentando a competitividade no mercado internacional.
ICOMI: Conquistando a concorrência
Três empresas responderam ao chamado para explorar a mina de manganês: a Companhia Meridional de Mineração (subsidiária brasileira da United States Steel), a Hanna Coal & Ore Corporation e a Sociedade Brasileira de Indústria e Comércio de Minérios de Ferro e Manganês (ICOMI).
A ICOMI, sediada em Belo Horizonte, conquistou a concessão, mesmo enfrentando críticas de nacionalistas brasileiros devido à sua associação com a Bethlehem Steel, uma gigante estadunidense. O contrato estipulou investimentos no Amapá e o pagamento de royalties ao governo do território.
A construção de uma cidade e seu legado
Com a concessão à ICOMI, nasceu a cidade de Serra do Navio. A empresa recebeu permissão para construir instalações industriais, estações ferroviárias e vilas operárias. A vila foi dotada de infraestrutura, como habitações, escolas, hospitais, refeitórios e lazer, tornando-se um marco de desenvolvimento na região. Embora a reserva de manganês tenha se esgotado antes do esperado, o legado da mina perdura através da cidade e sua rica história.
Reconhecimento nacional
Em 2010, a Vila de Serra do Navio foi reconhecida como Patrimônio Histórico nacional pelo IPHAN, honrando sua contribuição para o patrimônio cultural e industrial do Brasil. A trajetória da mina de manganês em Pracuúba é mais do que uma exploração mineral; é uma jornada de ambição, inovação e mudança que moldou a região e influenciou seu curso histórico.
Curiosidade na topografia
Além de suas conquistas econômicas, Pracuúba guarda uma curiosidade geográfica. A cidade está situada nas margens de um rio que, quando observado do alto, assemelha-se à forma de um navio. Essa característica única e peculiar adiciona uma camada extra de fascínio a essa região já rica em histórias e belezas naturais.
Fonte: Wikipédia
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