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Chuva de besouros inunda o Município de Amapá

Chuva de besouros inunda o Município de Amapá

Fenômeno raro atrai a atenção da comunidade e gera mobilização para conter infestação. Entenda os fatores por trás da invasão de besouros.

No último final de semana, uma inusitada chuva de besouros tomou conta do Município de Amapá-AP. Invasão rara, que também atingiu as localidades de Tartarugalzinho e Calçoene, capturou a atenção da comunidade, levando a divulgação massiva de fotos e vídeos nas redes sociais.

Apesar de incomum, a presença massiva de besouros mobilizou o prefeito Carlos Sampaio, que tomou medidas emergenciais para conter a infestação, disponibilizando mão de obra e containers para a remoção dos insetos das ruas da cidade. Os besouros foram coletados em vários carregamentos devido à extensão da área afetada. Em ofício, solicitou a cooperação da Secretaria de Estado do Meio Ambiente, objetivando a identificação das possíveis causas para essa infestação, e ao Instituto de Pesquisas Científicas (Iepa) para identificação taxonômica e análise dos fatores biológicos.

Segundo relatos de moradores locais, é comum, durante o período chuvoso desta época do ano, a presença frequente dos besouros, popularmente conhecidos como "catorras" e outros insetos, como "barata d'água", uma "baratona" que assusta só de olhar, cascuda e cinco vezes maior que a "barata caseira". Além, da "borboleta de bico" – espécie de borboleta amarronzada que, ao entrar em contato com a pele, provoca uma reação instantânea, tornando-a avermelhada. No entanto, os moradores observaram que, desta vez, a quantidade de besouros foi extraordinariamente maior, chegando a ser dez vezes superior ou até mais, um fenômeno inédito na história do Município.

A grande maioria desses insetos é inofensiva aos seres humanos, desempenhando funções nos ecossistemas, como a decomposição de matéria orgânica, polinização de plantas e controle de pragas. Contudo, algumas espécies, como o besouro-da-farinha, podem se tornar pragas em determinadas situações, infestando produtos armazenados.

Segundo o Dr. Alexandre Jordão, pesquisador em Entomologia do Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Amapá (IEPA), o fenômeno é raro na região e não possui registros anteriores. Ele explica que condições climáticas, como a mudança de estação, aliadas à luminosidade da lua cheia seguida de uma transição para lua minguante, podem ter contribuído para atrair os besouros em direção à luz artificial, algo pouco comum.

O especialista destaca que a colônia invasora é composta por insetos adultos detritívoros, alimentando-se de detritos, restos de madeira e matéria orgânica, não representando riscos de transmissão de doenças aos humanos, mas podendo causar alergias em indivíduos sensíveis.

Dr. Alexandre informou que os próximos passos da pesquisa incluem trabalhos voltados para a identificação taxonômica e a análise dos fatores biológicos que contribuíram para esse extraordinário acúmulo de besouros no interior do estado do Amapá. Identificação taxonômica refere-se ao processo de identificar e classificar organismos com base em características específicas que são usadas para distinguir e agrupar diferentes espécies.

Veja vídeo no Shorts.



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Foto: Reprodução/Internet e Foto: arquivo pessoal.

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by Robert Smith