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Amapá inicia exportação histórica de madeira sustentável para a Guiana Francesa

Acordos internacionais estabelecidos na Comissão Mista Transfronteiriça Brasil-França, defendidos pelo governador Clécio Luís, começam a movimentar a Bioeconomia do estado.

O Amapá começa a vivenciar acordos internacionais que foram estabelecidos na Comissão Mista Transfronteiriça Brasil-França, realizada no mês passado. Uma das tratativas defendidas pelo governador Clécio Luís. Deu início às exportações de madeira certificada para a Guiana Francesa. Na última quinta-feira, 4, foram enviadas 40 toneladas desse produto para o território francês.

A madeira foi produzida pela TW Forest, empresa que executa o maior plano de manejo florestal sustentável do Brasil, sediada em Mazagão.

Segundo o secretário de Planejamento, Lucas Abrahão, o Amapá agora se posiciona como exportador de produtos bioeconômicos para o mercado europeu, fortalecendo as relações com vizinhos da região das Guianas e promovendo o desenvolvimento econômico regional.

O diretor-executivo da TW Forest, Welinton Conci, destacou a integração entre o governo do Amapá e a Guiana Francesa para a realização desse projeto, que beneficia mais de mil famílias no assentamento do PAE Maracá. "A exportação de madeira certificada serve como exemplo de preservação ambiental e combate ao desmatamento ilegal, alinhando-se aos objetivos de sustentabilidade e preparação para as mudanças climáticas".

Regulamentos

A exploração e exportação de madeira legal no Amapá são regulamentadas por leis federais e estaduais, que exigem, entre outras coisas, a elaboração de planos de manejo florestal sustentável e a obtenção de autorizações específicas. A fiscalização dessas atividades é realizada por órgãos como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) e o Instituto de Meio Ambiente e de Ordenamento Territorial do Amapá (IMAP). Além disso, há iniciativas de certificação, como o FSC (Forest Stewardship Council), que promovem práticas responsáveis de manejo florestal e podem agregar valor à madeira exportada.

A exportação legal de madeira pode trazer vários benefícios para a população do Amapá. Entre os principais benefícios, destacam-se:

Geração de empregos

A indústria madeireira cria empregos diretos e indiretos, desde a extração e processamento da madeira até o transporte e exportação, proporcionando oportunidades de trabalho para a população local.

Desenvolvimento econômico

A exportação de madeira contribui para a economia local ao gerar receita através da venda de produtos no mercado internacional, o que pode ser reinvestido em infraestrutura, serviços públicos e outras áreas essenciais.

Sustentabilidade e conservação ambiental

A exploração legal e sustentável da madeira implica no cumprimento de regulamentos ambientais rigorosos, promovendo a conservação das florestas e o manejo responsável dos recursos naturais. Isso ajuda a preservar a biodiversidade e a integridade dos ecossistemas.

Infraestrutura e serviços públicos

A receita gerada pela exportação pode ser utilizada pelo governo para melhorar a infraestrutura local, como estradas, escolas e hospitais, beneficiando diretamente a população.

A iniciativa de regularização, certificação e acordos internacionais promovidos pelo Governo do Amapá impulsiona o desenvolvimento econômico do estado, fortalece a bioeconomia ao promover produtos sustentáveis da Amazônia, geram empregos locais e regionais e garantem a sustentabilidade ambiental ao seguir rigorosas diretrizes e controles na exportação de madeira, assegurando a conformidade com as leis ambientais vigentes.

Por Marcio Bezerra

Foto: Agência e Netto Lacerda/GEA